segunda-feira, 15 de junho de 2015

Amores Libertinos

(Lamia Ameen)
Amores Libertinos
Caminhos sem destinos

Como tudo nesta vida
Não estão livres de nada
Apenas querem uma morada
No coração de alguém
Mas também querem espaço
Para um desenvolvimento sem laço
Sem amarras forçadas
Com o pé descalço

Mas não vamos negar os fatos
Nossas vidas são entrelaçadas
Mas se amar fosse se amarrar
Por quê então se machucar?

Nos amamos em grande louvor
Tanto em ódio como em amor
E se há um jeito de se estudar
E de aprender a vivenciar
Toda essa vida cruel e vulgar
Acredito que seja no próprio amar
No amar do próprio ser
Que vive a se sabotar
Achando que está a decolar
Quando ainda está a se afogar
Mas só se pode amar
Quando não há mais nada para se tocar
Nem se pensar
Nu e cru
Você
Seu próprio ser
Pode começar a reinar
De dentro pra fora
Energia pulsar
Inquieta e irregular
Ninguém sabe aonde vai chegar
Nem o que vai acontecer
Mas estejamos cientes
Temos que viver
E agirmos para saber

E que a vida seja a este modo
Não importa o final
Mas sim o vivencial
Se for pra se amar
Que comece a se aprimorar
Na inevitável morte linear
Que o tempo passe a ser essa poeira
Que dificulta a nossa maneira
De se tocar
De se conhecer
De se preencher
De se eternizar

Vamos caminhar
Sem medo de se acomodar
Do jeito que conseguirmos
Do jeito que necessitarmos

Vamos nos libertar
Da ignorância e desse mal estar
De querer se aprisionar
Em uma ideia popular

Se já estamos a entrelaçar
Por quê ainda esse conflitar?

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