terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Assenza

Acendi um cigarro só pra ver se sentia algo a mais.

Apaguei todas as luzes, fechei todas as portas; deixei aberta apenas a da sala para que o vento entrasse, e assim pudesse dar uma sensação de preenchimento.

Logo, dei o primeiro trago...senti como se tivesse conquistado alguma coisa. E então olhei para a extenção do fumo, vi que ainda restava muito para tragar-se, mas que, obviamente, não seria o bastante para suprir tais sensações.

Me aproximei da parte mais iluminada da ârea, onde não é aberto e o vento passa com mais facilidade...senti-o! Senti-o na minha pele. Anesteziou-me, mas não o bantante para deixar tais pensamentos.

Exausto, resolvi sentar na velha cadeira que sempre está à frente. Observei a sombra que o portão e a árvore faziam ali. Observei, observei...mantive minha concentração...e então hipnotizei-me. O cigarro continuava queimando, o gosto e o teor da fumaça já estavam em meus pulmões. O cigarro já estava acabando...o fogo estava quase chegando no dedo...era hora de jogar a bituca na rua.

Voltei para dentro de casa, fechei a porta da sala e concluí que ainda me faltava algo.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Abitazione

Todos nós temos muita força e capacidade para opinarmos sobre variados assuntos. Socializamos muitas vezes com temas que não agregam em nada. Estamos sempre arrumando um jeito de amenizarmos nossas tristezas, ou nossas insatisfações mirando e atirando nos erros e nas falhas dos outros. Não importa o quanto tenhamos de conhecimento, ou de sabedoria: sempre analisaremos o contexto lá fora! Mas qual o limite disso?

 O fato de eu escrever tudo isso subentende que eu realmente tirei essas conclusões de fora, de outras pessoas. Sim, faz sentido. Não digo que olhar, analisar, julgar o outro é errado. Não é errado! O erro está em transformar essas falhas externas num amenizaste dos nossos próprios defeitos. É perder a visão de onde temos que melhorar. Suponho que antes de tudo, antes de querer mudar uma idéia ou opinar sobre tais assuntos, devo olhar para dentro de mim; para minhas falhas; pros meus conceitos e para minhas criticas que muitas vezes poderão ser extremamente errôneas.

  Não posso julgar uma pessoa por ela ter agido de tal forma, sendo que eu também, supostamente, posso muitas vezes, agir de maneira mais incorreta que esta julgada. Mas Afinal, quem é quem para julgar alguém?  Vejo tanta gente demonstrando-se como seres intelectuais; ou que cultuam tanto um conhecimento superior que faz jus a existência. Contudo, o que realmente acredito que deve ser focado – principalmente para sustentar a sobrevivência social – é que devemos doar todos os dias um pouco de nós (principalmente para quem amamos). Devemos doar nossas opiniões instintivas, nossas verdades, nossos costumes. Enfim.  Eu acho que se vivemos neste planeta, não vivemos apenas para sobrevivermos; no meu conceito, vivemos por algum motivo e estamos em tais condições também por alguma razão. 


Às vezes minha indignação se eleva quando vejo pessoas se animando com explorações feitas fora daqui, por exemplo: em Marte. E eu me pergunto: como botar ordem num planeta onde as pessoas só pensam nelas? Não seria mais prático começarmos resolvendo os nossos problemas, do que ficar achando que com essas explorações no Universo nós encontraremos alguma resolução ou uma salvação divina para a nossa moradia? 

O ser humano espera e procura demais do lado de fora, enquanto possui capacidades de mutações na sua própria postura. Isso não é visível? Acho que toda essa busca pelo Universo é muito útil; na verdade é extremamente importante para conhecermos melhor tanto lá como aqui, mas não há necessidade de criarmos expectativas de que com essas explorações encontraremos "ajuda" necessária para atingirmos tais objetivos. 

Nós já temos tudo que precisamos aqui, só não sabemos dividir, pois estamos doentes de Egoísmo e Ignorância. Acho que devemos buscar sempre conhecimento aqui e lá fora, porém, mais do que nunca, temos a obrigação de colocamos todas às formas de estudo em prática. Afinal, de que adianta estudar, filtrar o conhecimento, mas não desenvolve-lo; não praticá-lo?


Enfim. Conheça-se e entenderá mais ou menos as grandes e pequenas coisas dessa vida.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Falso

Calma, não há necessidade de buscar felicidade em coisas que não te satisfazem. Se olhar, avaliar e criticar o outro te faz feliz, continue nisso! Mas saiba o quanto lento está caminhando para seu próprio conhecimento, e a sua real satisfação.