quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Follia

Não tenha medo de se expor! Se tens raiva e ódio, demonstre; É o que você é; é o que você sente neste momento. 

Tudo que persistir deve ser materializado, independente das futuras conseqüências. Se há um pensamento ou um sentimento persistente rodeando o seu vai e vem, provavelmente não deve ser mais uma besteira, e mesmo que seja, está tomando o tempo da sua tranquilidade. Quando reprimimos uma vontade ou uma necessidade de expressão, criamos uma erosão e um peso em nosso corpo. Mascaramos a nossa verdadeira identidade diante de nós mesmos e dos outros, e vivemos falsamente como sobreviventes de uma guerra! Não que precisemos nos expor a todos, mas pelo menos com quem está em nossa volta, há uma grande importância em compartilharmos nossas ideias e necessidades.

Olhando pra mim mesmo, vejo-me como uma criança diante desta situação. Qualquer forma de conhecimento, qualquer forma de aprendizado é uma nova ânsia em minha faminta evolução. Vejo a necessidade de me expor, independente dos julgamentos que são feitos e do quanto a minha imagem se contorça diante de todos. Repetir e insistir no que estou tentando dizer e demonstrar nem sempre se faz necessário, uma vez que já houve a materialização do que até então estava guardado apenas em nossos corpos. Respeito o tempo e a capacidade de compreensão de cada um, e tento não agredir, nem ofender ninguém com as minhas estranhas expressões.

Enfim, creio que não há muita diversão em ficar sorrindo que nem palhaço, ou demonstrando "amor" de plástico, sendo que, no fundo, está rolando uma festa "open bar" de desgraça no salão do inferno pessoal.

Sou muito louco, mas sou louco em tentar ser eu mesmo, e isso é a coisa mais maravilhosa do mundo e o que me faz amadurecer com extrema intensidade, todos os dias.

Loucura de verdade é você não ser você mesmo, é isso que eu penso.

domingo, 13 de outubro de 2013

Essere: è un'arte

O que ofusca a nossa beleza é o fato de destacarmos "coisas" que na verdade não são nossas, e sim "maravilhas" da sociedade; "belezas" e "riquezas" sociais; invenções que deveriam nos auxiliar e não nos dominar, nos vestir como androides.

Colocamos "coisas" artificiais em nossa frente, expondo-as como atributos, pois claramente, realizamos uma enorme escalada para confiarmos um pouco em nós mesmos. Há de ter muita coragem para ser o que realmente é...

Nascemos nus, mas somos vestidos de "porcarias" baratas, e ainda dizem que com essas porcarias, alcançaremos a felicidade. 

Não somos nada dessas porcarias que a sociedade programa! O envolvimento e o crescimento social é inevitável e com certeza indiscutível e necessário tanto para nossa evolução pessoal, como para o nosso amadurecimento como ser humano. Mas as intensões desse suposto "progresso" estão todas desreguladas...

Eu não tenho direito de pregar, muito menos impor verdades, ainda mais dar uma de Moralista, mas fatos são fatos, e o que fica claro é que vivemos a ilusão de que nunca morreremos; vivemos a ilusão de que todo o dinheiro que buscarmos será o bastante para nos eternizarmos perante a história da nossa família (ou da nossa cidade, ou do nosso país, etc); será o bastante para anestesiarmos nossa carne de prazer e alegria.

Enquanto vivemos essa ilusão, competiremos até com quem "amamos" afim de matarmos nossa insaciável fome de "crescimento". Cada um tem seu interesse, cada um tem a sua "fome".

A sobrevivência é a Lei maior de toda essa Selva; viver, provavelmente, é coisa de louco.

Sejamos realistas: "A felicidade não é deste mundo", mas viver...viver com o seu próprio ser; amar...amar sem algum querer; doar-se...doar-se com os olhos e alma...é uma arte!

Siamo Eterni




Quando encerra-se um ciclo de envolvimento entre duas pessoas, não significa necessariamente que uma ou outra não estavam aptas para tal experiência. No meu ponto de vista, o fim de um ciclo de relacionamento é basicamente a desarmonia evolutiva de dois seres. O que tipicamente fazemos (da maneira mais imbecil e primitiva possível) é culparmos completamente o outro sobre tais circunstâncias e assim, mais uma vez, arranjamos um motivo para "cairmos fora".

Ilusoriamente, é mais fácil projetarmos nossa frustração diante dos fatos no outro; aparenta-se ser a maneira mais eficaz de anestesiarmos nosso desespero diante da própria existência. Mas ao fazermos isso, não estamos eliminando completamente, muito menos nos libertando dessa pessoa; estamos fugindo do entendimento e da reflexão sobre o que motivou tal desiquilíbrio e afastamento físico. 

O que eu suponho que aconteça é que: quando estabelecemos um vínculo com alguém, estabelecemos na maioria das vezes coincidências de pensamentos, de vibrações, de emanações e de criativas expressões semelhantes. No entanto, como cada um nasceu, aprendeu e foi criado de um jeito, cada um tende a abstrair e compreender as coisas de uma maneira (na maioria das vezes) diferente. Por mais que ambas tenham assustadoras ligações e semelhanças, ambas tendem a evoluir com distinção. 

Concluo que a desarmonia gerada entre as relações humanas é inevitável e existe porque evoluímos individualmente, independente se caminharmos com alguém ao nosso lado. 

Eis a nossa grande linha tênue evolutiva: queremos evoluir, mas também queremos que todos evoluam ao nosso ritmo; queremos que todos pensem e vivam que nem a gente; queremos pessoas iguais a nós; queremos pessoas que pensem igual a nós! O que eu vejo como um grande desafio é vivenciarmos todos os relacionamentos como vivenciamos nossas amizades, respeitando a diferença e o ponto de vista de cada um. Na verdade, eu acredito que o amor só existe realmente quando aprendemos a ter amizade com as pessoas. Não estou falando só de relacionamento amorosos - homem e mulher; estou falando de relacionamento humano: ser humano! Caso contrario, tudo é amor adormecido; romance atípico de novela das 9. 

Eu não acredito no amor sem liberdade, mas acredito que as pessoas conseguem SIM caminhar juntas por longas e longas datas, cada uma respeitando sua maneira de evoluir, de se expressar e de atender suas respectivas e particulares necessidades. 

Na prática, não sabemos realmente nada sobre nossa existência, mas o que eu acredito de fato é que não podemos desperdiçar o tempo fugindo de nós mesmos.

Sejamos eternos enquanto durarmos!

sábado, 5 de outubro de 2013

Ballare con te

Mas quando o medo lhe poe a saltar nas brasas da vida; tu danças em volta do fogo para se esquentar (até a ultima chama brilhar), ou deita logo de costas nas brasas?

Dance consigo mesmo; dance com o que vem até ti; dance com as consequências; dance pra você, com você!

Accetta te stesso

A aceitação, provavelmente, é um dos maiores e mais difíceis processos de amadurecimento que o ser humano há de conviver. 

Não digo aceitar tudo simplesmente como fato verdadeiro e rapidamente digeri-lo; digo: aceitar as condições do agora; aceitar as limitações, os defeitos e as condições financeiras/sociais; aceitar as condições físicas e biológicas. 

Não posso ser o melhor exemplo, ou alguém que tenha realmente total noção e dimensão do que é aceitar certas questões, mas o que eu tenho certeza é que o fato de não encararmos o processo de aceitação, nos mantém claramente mais amargos, enferrujados, vulneráveis, cegos, dificultosos e propícios ao declínio de nós mesmos. 

Aceitar-se não é se acomodar com o que já tem; não é criar voo sem asas! É preparar-se dignamente para o que tens a buscar e receber. 

Aceitar-se é olhar pra si mesmo e reconhecer-te como um ser vivo e apto a necessária expressão. 

Aceitar-se é abstrair a vivência puramente verdadeira. 

Aceitar-se também é ter a coragem de assumir a postura de sua personalidade, independente das consequências.

A revolução começa dentro, e não lá fora!