terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Assenza

Acendi um cigarro só pra ver se sentia algo a mais.

Apaguei todas as luzes, fechei todas as portas; deixei aberta apenas a da sala para que o vento entrasse, e assim pudesse dar uma sensação de preenchimento.

Logo, dei o primeiro trago...senti como se tivesse conquistado alguma coisa. E então olhei para a extenção do fumo, vi que ainda restava muito para tragar-se, mas que, obviamente, não seria o bastante para suprir tais sensações.

Me aproximei da parte mais iluminada da ârea, onde não é aberto e o vento passa com mais facilidade...senti-o! Senti-o na minha pele. Anesteziou-me, mas não o bantante para deixar tais pensamentos.

Exausto, resolvi sentar na velha cadeira que sempre está à frente. Observei a sombra que o portão e a árvore faziam ali. Observei, observei...mantive minha concentração...e então hipnotizei-me. O cigarro continuava queimando, o gosto e o teor da fumaça já estavam em meus pulmões. O cigarro já estava acabando...o fogo estava quase chegando no dedo...era hora de jogar a bituca na rua.

Voltei para dentro de casa, fechei a porta da sala e concluí que ainda me faltava algo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário