Tu Sei Quello Che Mangi

A paixão dos idiotas é alimentada e nutrida por desespero e temperada com muito medo de passar fome e terminar o dia com o prato vazio. Eles almoçam e jantam todos os dias migalhas de frustração com sabor de nostalgia e traumas mau resolvidos. Eles não querem se alimentar de amor e liberdade. Eles querer continuar com a mesma alimentação, com os mesmos sabores, com as mesmas peculiaridades que tiveram oportunidade de saborear muitas vezes e não se sentirem bem ao final do dia.

Embora saibam que a alimentação não vai muito bem, eles permanecem convictos de que tudo é uma questão de tempo, e que o tempo vai curar tudo e resolver tudo. Como se o tempo existisse, como se o tempo tivesse um corpo movendo e fazendo tudo pra eles. O tempo em si não traz resolução, nem uma boa alimentação. Reflexão, compreensão, enfrentamento dos fatos e aceitação pode ajudar para que uma boa alimentação comece a nascer. Em suma, todos nós estamos um pouco desnutridos de conhecimento e prática de sabedoria. Podemos nos alimentar muito bem com as nossas verdades, mas ainda sempre recaímos um pouco, afinal, não adianta se apenas nossa alimentação está boa, sendo que a do outro continua incompleta e desnutrida.

A vida em si é um conjunto de coisas boas e ruins; de alimentos nutritivos e escassos de vitamina. Cabe a cada um de nós buscarmos nos nutrirmos ou nos desvairamos diante de tanta riqueza. A vida em si, com suas desgraçadas e graças é uma vitamina riquíssima. Saibamos aproveitá-la e degustá-la da maneira mais saborosa possível, e que ela não passe apenas de mais um dia num Fast food, com risadas falsas, forçadas e cheias de projeções emocionais.

Você é o que você se alimenta.