Por: "Liberte-se do Sistema!"
Cada criação mental, quando mantida
consistente por determinado período, ganha vida no reino das ideias ou no reino
das emoções. Logo, seus temores, suas angústias, seus apegos e suas raivas
tornam-se concretos no seu campo existencial. Todo o seu poder, toda a sua
energia preenche essas criações dando-lhes “vidas próprias”.
Assim, o ato de sua criação já está consumado. O que agora existe, não
deixará de existir por si só, não irá desvanecer a menos que você interceda.
Negar o que está feito é uma atitude inútil, pois sua criação mental/emocional
continuará existindo e ligada a você. Não é porque você não vê que algo deixa
de existir. E cedo ou tarde ambos vão se reencontrar e você sairá novamente
ferido.
O que você deve fazer é encarar seus medos, apegos, angústias e
tristezas de frente. Olhá-los de forma convicta e reconhecê-los como
existentes. Em seguida, comece então a procurar entender o porquê de sua
existência, o porquê de sua origem, o porquê de você ainda estar vinculado a
eles.
A menos que você entenda o porquê de tê-los criado, jamais poderá
abstraí-los, transcendê-los, sublimá-los.
Se você tem um medo e este medo o está impedindo de continuar com sua
vida, com seu processo evolutivo, é necessário então encará-lo. Não, você não
deve lutar. A luta apenas perpetua a existência de sua criação mental. Havendo
luta, haverá sofrimento e seus temores se alimentam de sentimentos densos. O
que você deve fazer é decompor o seu medo, purificando-o, sublimando-o,
tornando-o novamente abstrato, não mais concreto.
Transforme então o seu medo em algo positivo. Use-o para superar a si
mesmo, convertendo-o em coragem. Logo, ele deixará naturalmente de existir como
uma criação concreta, pois seu poder se esvaiu ao se transmutar em algo mais
sublime e excelso.
Se o seu medo é de ficar sozinho, enquanto você ainda estiver procurando
por pessoas para lhe fazer companhia, ele continuará existindo concretamente em
sua mente. O medo só deixará de ser medo quando se transformar em outra coisa.
Assim, para purificá-lo, para desconcertá-lo diga: “Eu tenho medo de
ficar sozinho, por isso eu amo ficar sozinho”. No instante em que você insere o
amor no medo, este deixa automaticamente de existir. Mas veja que não é da boca
para fora, é necessário ter a volição e o sentimento verdadeiros para que essa
alquimia de fato aconteça.
“Eu tenho medo de altura, por isso estou louco para viajar de avião.”
“Não quero perder você porque eu não preciso de você.”
“Que bom que tenho medo da morte! Encontrarei um monte de amigos do
outro lado!”
Para desconstruir suas criações mentais é necessário que você
abstraia qualquer linearidade, qualquer conceito objetivo a respeito delas.
Isso é transformar o concreto em abstrato. É tirar todo o sentido
intelectual/emocional de algo.
Todas as negatividades são distorções de seu princípio original.
Logo, a raiva é uma distorção da tranquilidade, o medo é uma distorção do amor,
a tristeza é uma distorção da felicidade. Você então deve purificar essas
distorções, levando-as de volta às suas origens.
Obviamente, esse não é um processo rápido e fácil, mas é essencial
para que você se emancipe como divindade na matéria.
Conheça o seu medo e compreenda-o de maneira profunda. Não busque
vencê-lo, busque convertê-lo em sua contraparte. Transforme o medo em amor, o
apego em desprendimento, a raiva em tranquilidade, a tristeza em alegria. Ame
estar com medo, apegue-se desprendido, tenha raiva pacífica, alegre-se com sua
tristeza.
Vá alterando aos poucos as vibrações, acrescentando positividade na
negatividade e quebrando a linearidade e o sentido de cada uma de suas
criações. Deixe-as perplexas e confusas.
Pouco a pouco você começará a transcender seus temores de maneira
pacífica, silenciosa e amorosa. Pois não se pode transformar nada de uma hora
para outra. Isso é naturalmente inviável.
É necessária uma gota de cada vez para criar um oceano. Assim é a
evolução, assim é a alquimia interior.
Excelente post, compartilhado! Sem dúvida encarar o medo não é tarefa fácil, mas não enfrentá-lo acarreta maiores danos, quando se escolhe a fuga.
ResponderExcluirParabéns pela abordagem do tema,apresentado de forma tranquila e motivadora.
Paz e Luz, abs, Flávia.